“A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.” (Agostinho)
A pandemia que assola o mundo nos faz ansiar por uma vacina efetiva para debelar esse mal. E com razão, os laboratórios e governos a buscam o mais rápido possível e em quantidade suficiente para imunizar a população. E nesse vai e vem de informações tentamos saber qual a mais efetiva, mesmo não sabendo qual delas tomaremos.
Essa apreensão pela qual passamos servirá para nos proteger, quando vacinados, de um vírus que ataca o nosso organismo físico. Mas vejo isso como um paradoxo: “A preocupação com o corpo parece ser maior do que a vacinação espiritual”. É interessante lembrarmos que Deus nos fez perfeitos, inclusive para resistirmos a infecções, porém, com o pecado no jardim do Éden abriu-se uma “brecha” para as doenças. E quando falo de paradoxo, é porque vemos a maioria da população buscar a vacina física, mas nem todos buscam a “vacina” espiritual. E nessa época, próxima da Páscoa, refletimos a necessidade de termos nosso espírito selado pelo sangue de Jesus, o que só acontece quando a Ele entregamos nossa vida.
Essa vacina que nos garante a vida eterna é 100% eficaz e sem nenhum efeito colateral. Sem termos de enfrentar filas ou pagar por ela, pois o preço pela nossa salvação já foi pago; exatamente com o sangue de Jesus, sangue puro, derramado por mim, por você por todos nós. Está ao nosso alcance, necessitando somente de uma entrega total de nossa vida. Diante disso, a Páscoa, que marcou com sangue os umbrais dos hebreus na saída do Egito, evitou que a morte chegasse nos primogênitos deles. Assim também, o sangue de Jesus nos “vacina” da morte espiritual. O que pode haver de semelhança entre a Páscoa e as vacinas? Do ponto de vista científico, nenhuma relação; porém, do ponto de vista espiritual podemos extrair alguns ensinamentos. A vacina produz anticorpos contra bactérias e vírus que são produzidos pelo nosso sangue, quando em contato com agente causador da infecção, já a Páscoa simboliza a marca espiritual que recebemos pelo sangue de Jesus derramado por nós, e pelo sangue dEle somos protegidos do ataque ao nosso espírito.
Quando as vacinas foram descobertas e começaram a ser usadas em massa, geraram medo e descrença, pois as pessoas não entendiam como isso poderia nos livrar de ataques de microrganismos. Naquela época, a grande maioria da população nem sabia o que eram vírus ou bactérias. E aqueles que não conhecem o perigo espiritual a que estão expostos continuam na mesma situação daqueles que se recusavam a serem imunizados. Em 1a Pe 5:8 lemos: “ Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar”.
A falta de conhecimento causa isso; desconfiança, medo e incredulidade. Hoje ainda temos muitos que não creem e têm medo de vacinas. É natural no caso dessa pandemia termos certo receio, principalmente pela rapidez com que foram obtidas as vacinas. Falta de conhecimento, teorias conspiratórias e outras crendices que nos afastam daquilo que poderia nos proteger. Podemos dizer que tudo é semelhante às razões que levam tantos a não crerem no sangue redentor de Jesus. Em primeiro lugar, a falta de conhecimento. Em Oséias 4:6 a, lemos:
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”. E que conhecimento é esse? Da Palavra de Deus. Como no caso das vacinas, o ceticismo de muitos se deve a crenças outras ou teorias conspiratórias sobre a veracidade da Bíblia. Não sabem da infinidade de profecias já cumpridas e que continuam a se cumprir a cada instante. Detalhes sobre a vida paixão e morte de Jesus foram relatados em várias datas de até 2000 anos antes do fato em si.
Podemos ver as bactérias e os vírus sem equipamentos especiais como microscópios? Não. Podemos ver os anticorpos que nos protegem? Não. Porém cremos e tomamos a vacina. Sabe por que aceitamos isso? Porque se explica cientificamente. E a Salvação em Cristo, podemos vê-la com nossos olhos? Não. Como a salvação é discernida espiritualmente, só podemos vê-la com um equipamento que nesse caso não é o microscópio e sim o equipamento celestial que todos podemos ter, mas só alguns o usam: a Fé. Em Hb 11:1 temos: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”.
Como bioquímico, realizei milhares de exames, principalmente hemograma que nos mostravam pelo tipo de leucócitos predominantes se a infecção da pessoa era causada por vírus ou bactérias. E hoje, vejo pela fé, claramente que pelo sangue de Cristo, somos marcados para que a morte espiritual não nos atinja. Você já tem o sangue de Cristo marcando sua vida?
Luiz Francisco Pianowski Farmacêutico pela Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR, PhD em Tecnologia Farmacêutica pela Faculdade de Farmácia do Porto, ex-diretor Industrial do Laboratório Hebron S/A, ex-diretor de P&D do Laboratórios Aché, Palestrante Nacional e Internacional, Participou do conselho científico do Aché durante 6 anos.